(adaptado da Bíblia de Estudo Herança Reformada)
- Louvor: Louvem a Deus pelo perdão e proteção do Senhor. Sugestão: hino “Amor que por amor desceste” (Novo Cântico nº 260).
- Oração: Confessem a Deus suas falhas e louvem-no pela restauração.
- Leia Salmos 88. Em seguida comente: Titulo Hemã, ezraíta. Um levita designado para supervisionar parte da música instrumental do templo, um profeta famoso por sua sabedoria (1Rs 4.31; 1Cr 25.1-6). 88.1 Deus da minha salvação. Essa é a única expressão positiva de todo o salmo, o que demonstra que por maior dor que o salmista enfrentasse, a sua fé permanecia firmada em Deus. Esse salmo e o 137 parecem ser os salmos mais tristes de todos. 88.3 Minha alma está farta de males. Estou esgotado ou tenho calamidades em quantidade suficiente. Morte. O hebraico, sheol, refere-se à morte, ao túmulo ou à morada dos espíritos ímpios que partiram. Aqui refere-se à morte. 88.4 Cova. Ou túmulo, uma palavra diferente de sheol (v. 6). 88.5 Sepultura. Ainda outra palavra diferente de sheol (v. 11). Já não te lembras. Rejeitas. 88.7 Sobre mim pesa. Sobre mim está. Sua maior aflição não era física, mas o sentimento do peso da mão de Deus sobre ele, que estava esmagando sua alma. 88.8 Apartaste de mim. Ele estava isolado (Lc 23.49). 88.9 Te levanto as minhas mãos. Um gesto que expressa dependência. 88.10-11 Bondade. Lealdade e amor pactuais. Se levantarão para te louvar? Os mortos não podem glorificar a Deus publicamente. Percebemos aqui um elemento importante da oração que é a argumentação, numa expressão de santa confiança e reverência a Deus. Abismos. Em hebraico, abaddon, o lugar ou poder da morte. 88.14 Minha alma. Eu. Ocultas de mim o rosto. Um gesto de desprazer. 88.18 Trevas. É significativo que essa seja a palavra de conclusão de todo o salmo, também no original hebraico, hoshēk, o que nos revela a profundidade da dor do salmista.
- Pensamentos para a devoção pessoal/em família
1. O Senhor pode causar um sentimento de esmagamento ao manifestar a sua ira sobre a alma de um pecador, perfurando a consciência e fazendo as afeições arderem em temor. Se isso ocorrer, a reação correta é clamar a Deus por salvação do pecado (v. 1; At 2.37; 16.29-30). Todo aquele que invoca o nome do Senhor, confiando no Cristo ressurreto, será salvo (Rm 10.9-13). Você já sentiu a ira de Deus contra o seu pecado? Você está confiando somente em Deus para salvá-lo?
2. Deus pode retirar do crente o sentimento confortador de seu amor paternal. Quando isso ocorre, o cristão entra em um tempo de trevas e horror devido à culpa pelos seus pecados. Embora objetivamente o crente continue justificado aos olhos de Deus, subjetivamente ele pode perder o sentimento de segurança e paz de consciência, sentindo como se Deus estivesse contra ele (38.1-8). Esses períodos podem ser acompanhados por enfermidades físicas e isolamento dos amigos. Eles requerem que o cristão tenha paciência e mantenha oração contínua (88.1-2,9,13).
3. Embora a desolação espiritual dos cristãos possa nos perturbar, devemos ser tocados ainda mais pelos sofrimentos do inocente Filho de Deus, em quem esse salmo foi cumprido. Ele sofreu o abandono divino no mais alto grau, embora fosse fiel ao Pai desde os seus primeiros dias (22.1,9-10). Ele sofreu pelos pecados de outras pessoas e foi esmagado pela culpa delas (Is 53.5-6,10). Ele propiciou a ira de Deus em favor do seu povo, tomando sobre si a maldição (Rm 3.25; Gl 3.13). Como resultado, embora possamos nos sentir abandonados por Deus, o Senhor nunca abandona de fato o crente. Como a meditação sobre o momento de terríveis trevas de Cristo pode ajudar os crentes a suportarem seus próprios momentos de trevas?
- Cântico: Um hino ou cântico de louvor ao Senhor. Sugestão: hino “Pendurado no madeiro” (Novo Cântico nº 268).
- Oração: Encerrem com orações de gratidão pelo sofrimento de Cristo em nosso favor e pelo perdão.